São Paulo

São Paulo, centro financeiro do Brasil, está entre as cidades mais populosas do mundo, com diversas instituições culturais e uma rica tradição arquitetônica. Há prédios simbólicos como a catedral neogótica, o Edifício Martinelli, um arranha-céu inaugurado em 1929, e o Edifício Copan, com suas linhas curvas projetadas pelo arquiteto modernista Oscar Niemeyer. A igreja em estilo colonial do Pátio do Colégio marca o local onde os padres jesuítas fundaram a cidade em 1554

A povoação de São Paulo dos Campos de Piratininga (topônimo indígena que significa “peixe seco” ou “peixe a secar”, após a cheia do rio), por sua vez, surgiu em 25 de janeiro de 1554 com a construção de um colégio jesuíta (atual Pátio do Colégio) por doze padres, entre eles Manuel da Nóbrega e José de Anchieta, no alto de uma colina escarpada, entre os rios Anhangabaú e Tamanduateí. Tal colégio, que funcionava num barracão feito de taipa de pilão, tinha por finalidade a catequese dos índios que viviam na região do Planalto de Piratininga, separados do litoral pela Serra do Mar, chamada pelos índios de “Serra de Paranapiacaba”. O nome São Paulo foi escolhido porque o dia da fundação do colégio foi 25 de janeiro, mesmo dia no qual a Igreja Católica celebra a conversão do apóstolo Paulo de Tarso, conforme disse o padre José de Anchieta em carta à Companhia de Jesus: “A 25 de Janeiro do Ano do Senhor de 1554 celebramos, em paupérrima e estreitíssima casinha, a primeira missa, no dia da conversão do Apóstolo São Paulo e, por isso, a ele dedicamos nossa casa!”

O povoamento da região do Pátio do Colégio teve início em 1560, quando, na visita de Mem de Sá, governador-geral do Brasil, à Capitania de São Vicente, este ordenou a transferência da população da vila de Santo André da Borda do Campo, fundada em 1553 por João Ramalho e situada no caminho do mar (atual região do ABC paulista),para os arredores do colégio, denominado “Colégio de São Paulo de Piratininga”, local alto e mais adequado (uma colina escarpada vizinha a uma grande várzea, a Várzea do Carmo, por um lado e, pelo outro lado, por outra baixada, o Vale do Anhangabaú), para melhor se proteger dos ataques dos índios.

Em 1562, no entanto, incomodados com a aliança entre tupiniquins e portugueses, os índios tupinambás, unidos na Confederação dos Tamoios, lançam uma série de ataques contra a vila em 9 de julho, no episódio conhecido como Cerco de Piratininga. A defesa organizada por Tibiriçá e João Ramalho obriga os indígenas a recuarem em 10 de julho do mesmo ano. Ainda em 1590, com a iminência de um novo ataque a cidade novamente se prepara com obras de defesa. Na virada do século XVII, os ataques de indígenas diminui e se consolida o povoamento, nas palavras de Alcântara Machado: “Afinal, com o recuo, a submissão e o extermínio do gentio vizinho, mais folgada se torna a condição dos paulistanos e começa o aproveitamento regular do chão.”

Área: 1.521 km²
Elevação: 760 m
População: 12,33 milhões (2020)