Só terá sorte quem trabalhar direitinho as oportunidades

Tendo em vista a Copa do Mundo de 2014 no Brasil, a “Revista da Papelaria” foi atrás de especialistas em varejo de papelaria para saber quais são as expectativas para este ano, que prometem trazer muitas oportunidades proveitosas e lucrativas. Leia abaixo trecho da entrevista concedida pelo presidente da Rede Brasiles, Roberto D`Avila.

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Leia a íntegra da entrevista concedida à jornalista Rachel Rosa, da Revista da Papelaria:

– O que o segmento de papelaria e outros do comércio podem esperar de um ano de Copa do Mundo?
O segmento pode tirar proveito da venda de alguns produtos licenciados e temáticos sobre a Copa do Mundo. No entanto alguns fatores mais atrapalham do que contribuem para o comércio, tal como as alterações do calendário escolar que interferem no período de volta ás aulas.

– De que maneira o evento pode interferir no perfil de consumo das pessoas?
O perfil de consumo pessoal não deve ser alterado significativamente no segmento de papelaria visto que, em muitos casos, os consumidores se interessam mais por produtos de outros temas, e a seleção de futebol ha anos infelizmente, não encanta o povo brasileiro.

– No que o varejo precisa ficar de olho em 2014 para conseguir tirar o melhor proveito do momento?
A Copa do Mundo é um evento passageiro, não se deve ficar muito apegado a ela. A garantia de boas vendas e melhores resultados no varejo hoje, passa pela experiência de trabalhar melhor as “Perdas/Quebras”, estoque controlado e margens competitivas, atendendo rigorosamente as exigências do consumidor. Ações com eventos pontuais requerem controles precisos.  Há outro fato que cabe às autoridades fiscalizarem: – Nosso varejo tem sido massacrado pelos oportunistas estrangeiros, que  entram em nosso País, se instalam sem respeitar as leis dos Municípios, que são duras para “Nós”, e branda ou quase desconhecida para os aventureiros, eles não sabem o que é “Código de Defesa do Consumidor”, “Lei Cidade Limpa”, “Impostos”, enfim, não contratam nossa mão de obra, pois usam pessoas da própria família no trabalho “inclusive crianças”,  sem falar no desrespeito ao consumidor, que cai numa arapuca ao adquirir produtos só pelo preço, sequer atendem uma troca de produto com defeito…São “turistas asiáticos” tomando empregos dos nossos trabalhadores, ficar apenas de olho não basta precisamos ter imprensa livre e verdadeira sem interesses …que denunciem os abusos, e os ilegais sejam tratados conforme a lei.

– E em que investir? Estrutura física, fluxo de caixa, no treinamento de pessoal, em e-commerce?
Em todos esses quesitos, há necessidade de planejamento dos investimentos um ano antes, não dá pra pensar em cima da hora. Novos ativos (gondolas, vitrines, displays) dependem de espaço e orçamento enxuto, fluxo de caixa é contínuo, não importa o ano. Treinamento de pessoal requer bom relacionamento também com fornecedores, para que se interessem em compartilhar esse trabalho. Nem todo varejista tem a ferramenta/logística necessária para o e-commerce, depende de cada caso. Investimento em prestação de serviços é fundamental para encantar o consumidor, ja no caso da Copa do Mundo o risco é muito maior pois, se trata de um evento extremamente pontual.

– Há algum ponto negativo no qual o comércio precise ficar atento?
O varejo de papelaria como um todo sofre demais com os “Kit’s escolares”, Kit´s esses, que favorecem a corrupção através de licitações e outras ações. Será que as autoridades também doarão ” KITS COPA ” às escolas? Vale dizer que tais ações afetam demais tanto os empresários que investem na economia e geração de empregos, quanto os consumidores que acabam sendo lesados.

– Gostaria de acrescentar mais alguma informação?
Na visão da Rede Mais Brasiles, devemos muito aos Professores, afinal são eles que  constroem o futuro do país, ensinando , alfabetizando, educando a todos.
Infelizmente não são valorizados como deveriam.
Precisamos repensar o tratamento aos nossos “Educadores”, oferecer-lhes acesso a produtos, parcerias com lojistas, compartilhando suas opiniões e principalmente, ouvindo-os e sendo solidários em suas reivindicações.

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